Em tempos de crise a maioria das pessoas e famílias tendem a revisar seus gastos. Alguns acabam perdendo seus empregos e veem suas rendas sendo gradativamente reduzidas ou corroídas pelo aumento de preços, seja em itens básicos, como alimentação ou com outros quesitos, como saúde e educação.

Fato é que algumas destas pessoas iniciam um processo de cortes domésticos e, muitas vezes, acabam por perceber que isso poderia ter sido feito antes da situação demandar urgência. Situações de crise exigem grandes cortes, bem como suspender a compra de um carro, postergar uma viagem, retirar os filhos da escola particular,colocá-los no ensino público e cortar as idas a restaurantes mais caros.

O que precisaria ser feito, na realidade, é um “sistema de contenção”. Um planejamento de longo prazo que já inclua situações de vacas magras. Nem sempre, infelizmente, é possível realizar gastos sem organizar-se para o futuro.

Posto isso, é necessário realizar sempre, o que se faz durante a crise. Parece um exagero pensar desta forma, visto que a maioria das pessoas não pensa em crises quando os bolsos estão cheios, mas é exatamente nesta hora que se constrói um muro contra eventuais problemas financeiros.

Algumas atitudes,por menores que pareçam, já passam a economizar valores que, na ponta do lápis,podem fazer uma grande diferença. O ideal é setorizá-las e criar uma escala de prioridade. Explico:

- Tarefas: Para aquelas famílias que contam com serviços de uma empregada doméstica, é necessário avaliar se é realmente necessário uma alta frequência da funcionária; essas tarefas não poderiam ser realizadas pelos membros da casa?Todos podem organizar os seus espaços? Existe uma lista de atribuição de tarefas para cada um? É possível que cada um lave sua respectiva louça? Ao lavar a louça os familiares observam o gasto com a água e o tempo em que passam realizando essa atividade? A roupa precisa ser lavada todos os dias? O ferro de passar roupas poderia ser utilizado apenas uma vez por semana, não demandando energia mais vezes por semana.

- No supermercado, há uma pesquisa prévia de preços? As compras são feitas com qual frequência? Há uma lista de compras a ser seguida? É essencial que haja um limite máximo e mínimo de despesa para com esse tipo de atividade; neste caso, as marcas são de extrema importância para os membros da casa ou poderiam ser substituídos por marcas similares com preços menores? Os itens comprados são para para consumo imediato ou servirão para refeições posteriores? A família costuma extrapolar nos gastos com restaurante?

Há um controle das finanças familiares? Se sim, ótimo. É assim que se organiza um lar financeiramente saudável. Se não, eis algumas dicas:

1. Organize seu dinheiro em uma planilha. Todos os registros físicos (papéis e extratos bancários deve ser guardados em uma pasta-arquivo);
2. Todas as entradas e saídas são registradas por data, valor, forma de pagamento e organizadas de acordo com sua respectiva categoria. No fechamento de mês, gere um gráfico com as categorias de cada gasto, por exemplo, “gasolina” ou“entretenimento”; se você perceber que uma das categorias extrapolou, marque esse item como " melhoria para o próximo mês "; O ideal é separar seu gasto e ganho de maneira visual, assim você vê claramente o quanto de sua renda está indo embora e em quê;
3. Para todo gasto,guarde o papel da transação na carteira, lance na planilha, faça a conferência no site do meu banco e em seguida jogue o papel fora;
4. A menos que seja urgente, não faça novas compras se ainda houver dívidas pendentes; agir impulsivamente só trará mais despesas desnecessárias;
5. Evite lançamentos no crédito e pense na hora de comprar: " eu realmente preciso disso? Posso esperar? Será que se eu pesquisar não encontrarei o item por um valor menor?"
6. Excedentes devem ser poupados! De nada vale um dinheiro “sobrando” se ele for utilizado da maneira errada.

 

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